A propagação do movimento conhecido como Primavera Árabe, que completa
um ano nesta quarta-feira (04/01), para toda a região do Norte da África
e do Oriente Médio não seria teria sido possível sem os recursos e
dispositivos proporcionados pelas redes sociais. A conclusão foi tirada
de um relatório divulgado pela Dubai School of Government, que
indica a importância de serviços como Twitter e Facebook na disseminação
e fortalecimento das manifestações populares que, em última instância,
se espalharam pelo mundo.
Na Tunísia, ponto de partida da série de revoltas, o número de usuários
cadastrados no Facebook aumentou consideravelmente em um período de
apenas dois meses: 200 mil novos cadastrados entre novembro de 2010 e
janeiro de 2011, segundo o estudo.
Foi justamente nessa época que os tunisianos foram às ruas para exigir a
queda do presidente Zine el Abidine Ben Ali, que estava no poder há 23
anos. A força do Twitter no país também é evidenciada pelos números do
relatório. No dia 14 de janeiro, data em que Ben Ali renunciou e fugiu
para a Arábia Saudita, a rede de microblogs teve seu pico de acessos por
tunisianos.